Coceira na vagina: possíveis causas e como tratar
Sentir coceira na região íntima é um indicativo de que algo está em desequilíbrio. Por isso, sempre que este sintoma aparecer, deve ser investigado por um médico. A causa pode variar desde a simples falta de higienização até uma doença grave, como o câncer.
O que pode ser
Higiene incorreta
A ginecologista da Clínica da Mulher do Hospital 9 de Julho Bárbara Murayama afirma que a causa mais comum da coceira é a limpeza inadequada da vagina. “Muitas mulheres não aprendem a lavar corretamente a região por conta de um tabu mesmo, porque não conhecem bem o próprio corpo e não querem tocar muito a vagina durante o banho”, afirma a especialista.
Candidíase
O segundo problema mais comum que ocasiona o sintoma é a candidíase, uma infecção vulvovaginal causada por um fungo. “Em geral, dá muita coceira e pode ocorrer inúmeras vezes ao longo da vida”, afirma Dra. Bárbara. “Algumas mulheres têm todo mês”, completa. A candidíase pode causar ainda dor pélvica e incômodo durante a relação sexual, além de corrimento, atrapalhando consideravelmente a qualidade de vida da paciente.
Secura vaginal
O ressecamento da vagina é uma causa menos comum do problema e que acomete, na maioria das vezes, mulheres na menopausa. A ausência dos hormônios que hidratam a região íntima deixam a vagina seca, o que causa coceira.
Doenças
O sintoma também é típico de algumas doenças. A mais comum delas é o líquen, uma doença inflamatória que pode acometer pele ou mucosas e causa, além de muita coceira, manchas brancas na região afetada.
O câncer de vulva é uma doença rara que também pode provocar coceira. Segundo a ginecologista, a condição é mais comum entre mulheres mais velhas.
Já a herpes é uma doença sexualmente transmissível (DST) que pode se manifestar inicialmente através de coceira na região íntima. “Mas depois aparecem outros sintomas, como ardência, bolhas e, às vezes, corrimentos”, informa a médica.
Alergia
Por fim, a coceira na vagina pode ser desencadeada por uma alergia. Absorvente, protetor diário, sabonete íntimo, gel ou óleo lubrificante e brinquedos eróticos são alguns dos fatores capazes de provocar uma reação alérgica na área íntima da mulher. “Algumas apresentam uma irritação bem importante que pode evoluir para algo mais sério. É fundamental descobrir a causa da alergia”, alerta Dra. Bárbara.
Como tratar
Vibradores, óleos eróticos e até tecido da calcinha podem desencadear reação alérgica
Ao notar o sintoma, é imprescindível procurar um médico ginecologista para investigar as possíveis causas do problema.
A candidíase normalmente é tratada com medicamento antifúngico, que pode ser em comprimido, em creme ou os dois.
Já a alergia pode ser aliviada com antialérgico e anti-inflamatório tópicos, além da suspensão imediata do uso do produto que está causando irritação. “Em alguns casos, é preciso bloquear a menstruação para tratar o incômodo”, afirma a especialista.
No caso de suspeita de alguma doença importante, Dra. Bárbara afirma que é necessário colher material para a realização de biópsia.
Orientações
Por mais difícil que seja, tente não coçar a região. Isso pode machucar e até cortar a pele da vagina, piorando o quadro.
Não recorra a soluções caseiras, como banho de assento ou ducha íntima. Além de mascarar a origem do problema, você pode agravar o quadro ou até gerar novas condições, dependendo do produto que utilizar.
Aprenda a lavar corretamente a região. Você deve limpar bem entre os grandes e pequenos lábios, afastando a pele com os dedos. Deixe correr bastante água.
Sempre que possível, use roupas frouxas, saias e calcinhas de algodão. Evite calça jeans muito justa, bem como calça e shorts de couro e calcinha de tecido sintético. Procure dormir sem roupa de baixo para arejar a região.
Se perceber que o uso de absorvente irrita sua pele, opte pelo interno. Evite também o uso de protetor diário fora do período menstrual.
Evite usar lenços umedecidos para higienizar a região íntima: o ideal é lavá-la apenas com água e sabão, para não alterar o pH ou remover a camada de gordura que protege a área. O uso de desodorantes íntimos também é contraindicado, pois pode alterar a flora vaginal.
Fonte:Bolça de mulher
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