Ansiedade x alimentação: uma combinação perigosa para seu bem-estar
ANSIEDADE é uma palavra usada com frequência, atualmente. É aquela sensação ruim que traz um mal-estar tanto físico quanto emocional e que pode interferir de forma preocupante na vida de alguém. Por conta da pressão social advinda de vários lados, cair em sua armadilha, deixando este sintoma do estresse afetar a rotina, ficou fácil, principalmente quando isso se volta para a alimentação.
De acordo com a psicóloga especialista em transtornos alimentares e colunista do portal do “O Estado de São Paulo” LUCIANA KOTAKA, a ansiedade é um dos principais problemas gerados pela vida agitada e estressante das grandes cidades. “Mesmo que esse seja um sintoma comum entre as pessoas, muitas vezes pode se agravar, acarretando situações mais graves que podem levar, por exemplo, aos DESEQUILÍBRIOS ALIMENTARES“.
A ansiosa vai, de alguma forma, tentar descontar este DESCONFORTO em algo. A “salvação”, geralmente, é encontrada na comida. Então, forma-se um poderoso CICLO VICIOSO. “Levar o alimento à boca, sentir o sabor, a consistência e seu aroma pode provocar um turbilhão de sensações que vão da saciedade até o relaxamento. E aí que mora o perigo”, explica a endocrinologista e metabologista CAROLINA MANTELLI.
A médica explica que essas pessoas, muitas vezes, exageram quando comem. “Se se alimentam demais, engordam. Se engordam, ficam incomodadas e ansiosas por não estarem satisfeitas com sua forma física. E aí, o que fazem? Comem mais para relaxar e diminuir a ansiedade”.
Portanto, cuidar da mente e do bem-estar psicológico é essencial para o sucesso de uma dieta ou de um processo de reeducação alimentar. “O Brasil é o quarto país mais ansioso do mundo (23% da população), segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse elevado número vem em CONSEQUÊNCIA DE UMA MÁ ALIMENTAÇÃO, excesso de poluição, alto consumo de medicamentos, trânsito excessivo nas grandes cidades, preocupação com segurança e assuntos que deixam um alguém preocupado”, esclarece a nutricionista GIOVANA DE LUCCA,especialista em obesidade, emagrecimento e saúde.
QUEBRANDO O CICLO
Adotar hábitos de vida mais saudáveis irá, consequentemente, diminuir os picos de ansiedade durante o dia. Segundo Luciana Kotaka, sessões de PSICOTERAPIA te ajudam a entender o porquê de tanta ansiedade. Além disso, ela recomenda yoga, meditação, academia, corrida, atividades manuais ou, então, lúdicas em geral.
De fato, desprender as tensões cotidianas em atividades prazerosas são de grande ajuda, entretanto, não são as únicas alternativas. “Ataques podem ser ocasionados quando estamos de ‘cabeça cheia’. Desta forma, a HORA DA REFEIÇÃO pode se tornar o momento ideal para relaxar e não estressar”, comenta Carolina.
Segundo a endocrinologista, essa sensação incômoda, em geral, pode ser fruto da falta de informação. “Procure saber o que lhe incomoda, o que lhe aflige. Quando não sabemos de algo, temos uma tendência natural a USAR A IMAGINAÇÃO e pensar em muitas coisas (quase sempre negativas) a respeito de algum assunto”.
Outra dica da especialista é PRESTAR ATENÇÃO NA SENSAÇÃO DE SACIEDADE. “Pergunte-se: ‘ainda estou com fome?’, pense no estômago e observe se o que está sentindo é fome ou ansiedade. Aceite seus escorregões e encare esses episódios com serenidade e calma”.
ALIMENTAÇÃO COMO ALIADA
Nesta luta, evitar os alimentos que aumentam essa sensação é uma boa arma. “Doces, açúcares e farinha branca, por exemplo, têm um alto índice glicêmico, ou seja, eles atingem um pico de liberação de glicose no sangue, que, inicialmente, pode causar uma falsa sensação de conforto. Em pouco tempo, eles geram uma hipoglicemia reativa, com sensação de cansaço e aumento da ansiedade”, aponta a nutricionista funcional AMANDA NOGAROLLI.
De acordo com a nutricionista Giovana de Lucca, as bebidas à base de cafeína, como o café e chás pretos, podem desencadear sintomas de ansiedade. “Isso pode acontecer em virtude de sua atuação em mecanismos que estimulam o organismo do indivíduo, por meio do aumento do nível de noradrenalina, que é um neurotransmissor do cérebro com capacidade de estimulação”.
Já a endocrinologista Carolina declara que o açúcar refinado e os refrigerantes são os PRINCIPAIS INIMIGOS das pessoas ansiosas. Além da cafeína, o consumo de álcool tende a piorar os sintomas.
Em contra partida, também existem ingredientes que ajudam no controle e na BUSCA PELO EQUILÍBRIO. “Eles aumentam a concentração de serotonina, noradrenalina e dopamina no cérebro, hormônios responsáveis pelo bem-estar”, diz Giovana.
CONHEÇA, AGORA, OS ALIMENTOS QUE TE AJUDAM A COMBATER O ESTRESSE E A ANSIEDADE:
CACAU: contém tirosina, uma substância que estimula a produção de serotonina, e minerais importantes como cobre, manganês e magnésio (nutriente que fica em falta no período pré-menstrual). “Dispara a produção de endorfina e dopamina, neurotransmissores responsáveis pelo relaxamento”, fala Giovana.
AVEIA: este cereal concentra altas doses de triptofano. “Além do aminoácido que auxilia o organismo a liberar a serotonina, também tem bons níveis de selênio, que colabora para a produção de energia”.
SEMENTE DE GIRASSOL: é uma boa fonte de zinco. “Auxilia na manutenção do bom humor e ajuda a melhorar a qualidade do sono”.
OVO E BANANA: são ricos em triptofano, um aminoácido precursor da serotonina, que é responsável pela sensação de bem-estar, pois estabiliza o humor e ajuda na indução do sono.
COUVE: ela têm efeito antidepressivo por ser rica em magnésio, que atua na produção de energia, potássio e vitaminas A, C e do complexo B, que ajudam a manter o sistema nervoso equilibrado.
BRÓCOLIS: ricos em ácido fólico, uma vitamina que equilibra as funções cerebrais, saúde mental e emocional, e que atua na síntese dos neurotransmissores.
PEIXES DE ÁGUA FRIA (COMO SALMÃO OU SARDINHA) E SEMENTE DE LINHAÇA: são ricos em ômega 3, um ácido graxo essencial que tem ação antioxidante e antiinflamatória. Diminui o estresse oxidativo gerado pela situação, colabora para maior fluidez sanguínea, favorece uma melhor circulação e, consequentemente, melhora a irrigação sanguínea, que carrega nutrientes vitais para o desempenho das funções cerebrais.
PIMENTA: Giovana conta que a sensação de ardência é provocada pela capsaicina, que faz com que o cérebro produza mais endorfina, um neurotransmissor responsável pela sensação de euforia. “A pimenta-de-cheiro, a vermelha e a malagueta são as melhores para o humor.”
fonte:http://www.daquidali.com.br/mulher/ansiedade-x-alimentacao-uma-combinacao-perigosa-para-seu-bem-estar/
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